terça-feira, 6 de abril de 2010

Lado A e lado B

Acho que todo mundo tem dois lados. Um é um tipo de máscara, e serve para as coisas mais chatas, como aula, trabalho e encarar a falta de grana. O outro, o melhor lado em minha opinião, é o lado dos domingos no parque, das brincadeiras com bichinhos de estimação e o lado em que ser preguiçoso não é tão ruim quanto parece. O lado que não se preocupa com nada e está ali pra dar um pouco de sossego ao pobre lado A.

No dia-a-dia o meu lado que predomina é o lado mala. O lado que acorda às cinco e meia da manhã e faz café, que se arruma de qualquer jeito e que acorda a própria mãe: mãe to indo pra aula! Lado que apesar do bom humor não é completo.

Já meu lado B... Ah, esse sim é boa gente. Ama cultura, música e principalmente dança. Esse meu lado só quer saber de diversão, ele dança desde os oito anos, mesmo que mal, mas dança.

Às vezes queria só ter o lado B, mas ai esse se tornaria o lado A e eu teria que criar um alterego que suprisse a falta do outro lado. E sabe o que mais me faz pensar em deixar meu lado bom predominar? Que talvez assim eu pudesse somente dançar. Mas dançar no bom sentido, aquele que você coloca sua música favorita no toca disco e se deixa levar por ela.

Essa semana me deixei levar. Amarrei o pouco cabelo que me restou depois que cortei, calcei meu adidas star e fui fazer minha primeira aula de dança de rua. Já ouviu falar das cerimônias de libertação que existe em algumas igrejas espalhadas pelo mundo? Pois é, dizem que o pastor coloca a mão sobre a cabeça dos fiéis, faz algumas orações e espanta o demônio interior de cada um. Eu nunca fui! Mas a dança de rua teve o mesmo efeito! Até meu lado A se divertiu!

Antes se alguém me perguntasse o que eu faria para que meu lado A não surtasse eu diria que me trancar no meu quarto seria a solução. Mas hoje, depois de ter conhecido o hip hop, e visto o bem que me faz ler e escrever sobre ele, e no momento dançar, não recomendaria outra coisa.

Contudo o melhor de tudo foi poder unir meus dois lado e poder dizer que me senti completa, simplesmente Natália.

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