sábado, 10 de outubro de 2009

Mestre de cerimônias

O MC surgiu nos Estados Unidos junto com a cultura Hip Hop. Começou animando as festas, enquanto o dj misturava as músicas. O MC divertia o público e apoiava o dj, e mais tarde começou a se afirmar como principal atrativo das festas de Hip Hop. Muitos MC’s no início do hip hop ultilizavam do microfone apenas para mandar recados, dar cantadas ou simplesmente animar as festas com algumas rimas. O primeiro mc foi Coke La Rock, mc que animava as festas de Kool Herc.

Muito Popular agora no Brasil, os MC's desviaram das suas raízes no hip-hop e foram, a maioria, para o funk. Por exemplo temos a MC Tati Quebra-Barraco. No Brasil os primeiros rimadores foram Jair Rodrigues, Gabriel o pensador e outros grupos como balinhas do rap, Thaíde e DJ Hum e Racionais Mcs.

MC's são pessoas que fazem letras para músicas, normalmente em rap. Muitos tornam-se punchliners, que são MC's que respondem em rap a outros MC's (muito parecido com o repente). Também existe o freestyle, onde os MC's improvisam, ou seja dizem o que lhes vai na alma. O mc é o porta voz que relata através de rimas os problemas, carências e experiências em geral dos guetos. Ele não só descreve como também lança mensagens de alerta e orientação para quem ouve. A principal função de um mc é animar as festas e contribuir com as pessoas para que se divirtam.

A maioria dos MC's têm o espirito underground, ou seja, fazer rimas sem mostrar a cara, apenas o reconhecimento do talento e não de um corpo, isto é o espírito underground. Enfim o mc é aquele que através de suas rimas mostra as varias formas de reivindicação, angustias e injustiças com as classes socias menos favorecidas mostrando o poder da transformação.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ritmo e Poesia

O Rap tem diversas definições, mas a principal é: um ritmo feito através de poesia – escritas ou improvisadas. E assim como o Dj, é um dos pilares da cultura hip hop.

O rap, apesar de parecido com o hip hop, se diferencia na velocidade em que é cantado (ou falado), mas o principal é que não é acompanhado de nenhum instrumento. No máximo um DJ mixer ou um beatboxer. Diferente do hip hop, que pode ou não ser acompanhado por instrumentos.

Esse ritmo é diferente em cada localização, no Brasil por exemplo, é muitas vezes usado para contar a história de vida de alguém, em outros países é comum que se cante a realidade social de um bairro e/ou outros lugares. Ou seja, são formas diferentes de despertar a sociedade para a realidade.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dicionário do grafite

(Nas fotos: Grafites por Wagner Nos Trink Criu)



• Writer - Escritor de Grafite.

• Tag - Nome/Pseudónimo do artista.

• Hall of Fame - Trabalho geralmente legal, mural mais trabalhado onde normalmente pinta mais do que um artista na mesma obra, explorando as técnicas mais evoluídas.

• Bombing - Grafite rápido, associado à ilegalidade, com letras mais simples e eficazes.

• Throw-up - Estilo situado entre o "tag"/assinatura de rua e o bombing. Letras rápidas normalmente sem preenchimento de cor (apenas contorno).

• Roof-top - Grafite aplicado em telhados, outdoors ou outras superfícies elevadas. Um estilo associado ao risco e ao difícil acesso mas que é uma das vertentes mais respeitáveis entre os writers.

• Wild Style - Estilo de letras quase ilegível. Um dos primeiros estilos a ser utilizado no surgimento do grafite.

• 3D - Estilo tridimensional, baseado num trabalho de brilho / sombra das letras.

• Bubble Style - Estilo de letras arredondadas, mais simples e "primárias", mas que é ainda hoje um dos estilos mais presentes no grafite.

• Characters - Retratos, caricaturas, bonecos pintados a grafite.

• Train - Denominação de um comboio pintado.

• Whole Train - Carruagem ou carruagens inteiramente pintadas, de uma ponta à outra e de cima a baixo.

• End to end - Carruagem ou comboio pintado de uma extremidade à outra, sem atingir a parte superior do mesmo (por ex. as janelas e parte superior do comboio não são pintadas).

• Top to bottom - Carruagem ou carruagens pintadas de cima a baixo, sem chegar no entanto às extremidades horizontais.

• Backjump - Comboio pintado em circulação, enquanto está parado durante o percurso (numa estação por exemplo).

• Cap - Cápsula aplicável ás latas para a pulverização do spray. Existem variados caps, que variam consoante a pressão, originando um traço mais suave ou mais grosso (ex: "Skinny", "Fat", "NY Fat Cap", etc).

• Crew - "Equipe", grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos o mesmo nome. É regra geral os writers assinarem o seu tag e respectiva crew (normalmente sigla com 3 ou 4 letras) em cada obra.

• Cross - Pintar um grafite por cima de um trabalho de um outro writer.

• Fill-in - Preenchimento (simples ou elaborado) do interior das letras de um grafite.

• Highline - Contorno geral de todo o grafite, posterior ao outline.

• Outline - Contorno das letras cuja cor é aplicada igualmente ao volume das mesmas, dando uma noção de tridimensionalidade.

• Inline - Contorno das letras, realizado na parte de dentro das letras.

• Degradé - Passagem de uma cor para a outra sem um corte direto. Por exemplo uma graduação de diferentes tons da mesma cor.

• Kings - Writer que adquiriu respeito e admiração dentro da comunidade do grafite. Um estatuto que todos procuram e que está inevitavelmente ligado à qualidade, postura e anos de experiência.

• Toy - O oposto de King. Writer inexperiente, no começo ou que não consegue atingir um nível de qualidade e respeito dentro da comunidade.

• Bite - Cópia, influência direta de um estilo de outro writer.

• Spot - Denominação dada ao lugar onde é feito um grafite.

• Asdolfinho - Novo estilo de grafite desenvolvido por americanos, no qual é visado a pintura animal.

• Hollow - Grafite ou Bomb que nao tem fill (preenchimento) algum e, geralmente, é ilegal.

OBS: Esse dicionário não é de minha autoria, alguns termos foram traduzidos por meu amigo Wagner, e outros são encontrados no site Wikipédia!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DJ, DJing ou Disc Jockey

O DJ é o operador de discos, é ele quem faz as bases e as montagens dos ritmos que fazem parte de todos os outros elementos do Hip Hop.

Atualmente o Dj é considerado como músico. É ele quem introduz os scratches, as mixagens e e efeitos para a composição de novos sons. Um exemplo de composição é o Breakbeat, que é uma batida criada em cima de uma composição já existente. O criador do breakbeat foi o DJ Kool Herc (já citado em postagens anteriores) e possibilitou que os b.boys pudessem dançar e os MC’s cantar. Existe também o Beat-Juggling que é a criação de composições nos toca-discos, com canções e discos diferentes.

Há dois tipo de DJ’s, o de grupo (de bailes, festas e eventos em geral) e o DJ de competição, este se apresenta geralmente contra outro DJ, criando diferentes sons através do vinil, ganha quem fizer o melhor som.

Os DJ’s, não só no hip hop  como em todos os estilos musicais, são músicos de grande importância na criação de sons e músicas da atualidade. São eles que comandam a festa nas boates de todo Brasil.

Rhythm and Blues

Muita gente confunde o Hip Hop com o R&B, e pra não deixar dúvidas ai vai um "resumão":

R&B (Rhythm and blues) é uma termo comercial que começou nos EUA, no fim da decada de 40, por uma revista chamada Billboard. Esse estilo contribuiu para o desenvolvimento de vários outros.

Foi no cenário pop dos EUA que ele começou, mas foi no Reino Unido durante os anos 60 que o R&B atingiu seu auge de popularidade com os grupos musicais Rolling Stones e The animals.

O termo foi esquecido durante os anos 60, sendo substituido por Soul e Motown. Mas felizmente ressurgiu nos últimos anos para designar a música negra norte-americana abrangendo o pop, fortemente influênciado pelo funk, pelo soul e principalmente pelo hip hop.

Ou seja, são diferentes, o R&B é influênciado pelo hip hip, mas ambos se completam para a felicidades dos nossos ouvidos! Ouça!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Esportes de rua

Nos comentários dos posts anteriores alguém me pediu que eu falasse um pouco sobre os esportes que são considerados arte urbana. Não é meu foco e também não é um assunto que eu domine, mas me aguçou a curiosidade e resolvi dar uma pesquisada. E no meio dessa pesquisa acabei achando um site muito interessante que fala sobre Esportes de rua ou arte do asfalto.

É um site voltado para o público jovem e pra quem gosta de uma leitura diversificada. Ele trata desde esportes, até mesmo de respostas para muitas curiosidades que adolescentes tem com o próprio corpo, principalmente para os meninos. O site fala também de projetos existentes em cidades brasileiras e até fora delas. Os esportes de rua, que são o centro dos projetos, que inclui basquete, vôlei, patins e outras modalidades são muito comentados no site, inclusive tem as ultimas noticias sobre esportes como o skate. Tem muitas curiosidades e principalmente informação, vale a pena da uma olhada.

Quer ler mais? Clique aqui!

Grafite


(Na foto: Grafite por Wagner Nos Trink Criu)

É chamado de grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado que pode ser feito em painéis, muros e paredes. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante, e por algumas pessoas como vandalismo. 


Hoje o grafite é considerado forma de expressão. Incluído também como artes visuais. Muitas vezes esse tipo de arte é usado para chamar atenção para assuntos como o abandono infantil e outras causas. É chamado de street art ou arte urbana, pois cria uma linguagem intencional que interfere na cidade. Contudo há quem compare o valor artistico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso e não usa os elementos de cor e arte, apesar que muitos grafiteiros famosos admitem já ter sido pichadores, assim como Osgemeos.


Com o movimento contracultural, de maio de 68, quando muros em Paris foram usados como suporte de inscrições poético-políticas, a práticado grafite tornou-se mais popular e espalhou-se pelo mundo, tomando contas de outras tribos além do hip hop.

domingo, 27 de setembro de 2009

Vertentes da dança

   "Influência – Quando se estuda profundamente o estilo original da Dança de Rua se vê claramente a influência da dança original Funk (o Soulfunk).

   O Funk foi um grande movimento de música, dança e atitude que marcou os EUA entre o fim dos anos 60, teve seu top nos anos 70 até início dos anos 80. É considerada uma Dança social, pois era feito por todos, principalmente o negro latino dos bairros pobres. Nos clubes, Bares, e principalmente nos Shows das Bandas de Funk. Sendo assim toda a Dança de Rua tem que Ter o Feeling do original Soulfunk, é a base de tudo, tendo como maior ícone o Pai do Funk James Brown. Respeite os criadores e a Cultura que envolve todos os estilos." (Fonte: Wikipédia)
Lockin – Vem do verbo to lock, que significa travar. Este estilo consiste em fazer os movimentos da danças “travando” os músculos. Originado do funk, principalmente de um passo chamado funk chicken. Dom Campbell, o pai do lockin, não sabia fazer o funk chicken corretamente, criando assim sua própria forma de dançar. Dom fez parte de vários grupos, mas o principal, que tornou-se um grupo profissional foi o grupo de street, o the lockers. Veja o vídeo: The Lockers

Poppin – Este estilo consiste em dançar como um robô, só que estourando os movimentos, daí o nome, é como pipoca. O mais famoso grupo de dança que seguia este estilo era o the electric boogaloos, de Boogaloosam, que apesar de ter tido seu próprio grupo de lockers, acabou criando o seu estilo próprio. Foi ele também o criador do passo erroneamente chamado de Moonwalk, usado por Michael Jackson. Veja o vídeo: The Electric Boogaloos

Freestyle – É o estilo livre da dança de rua. É o estilo mais popular atualmente e geralmente é coreografado. É o estilo dançado com a batida da música. E pode usar elementos de todos os estilos, unidos em uma coreografia combinada e com uma montagem de músicas. Veja o vídeo: Freestyle

B-boy ou B-girl - (Bronx-boy/girl – Beat-boy/girl – Break-boy/girl) – É uma disputa amigável entre duas pessoas, ganha quem fizer os melhores movimentos. Conhecidos como breakers pois dançam no break da música.  Veja o vídeo: B.Boy ou B.Girl

Waackin – É o estilo mais extravagante dentre todos do hip hop, geralmente coreografado para parecer exagerado. Foi um estilo originado do Lockin, em que os homossexuais usavam os passos de lockin com mais exagero. Veja o vídeo: Waackin

Krumpin – É o mais recente de todos, surgido na década de 90, quando as ruas da Califórnia estavam tomadas pela violência, foi quando Tommy the Clow passou a usar dança para animar festas. O estilo imita movimentos de luta, mantém contato físico, mas sem que haja a violência propriamente dita. Veja o vídeo: Krumpin

Existe ainda outros estilos como o Up rockin, o Streetjazz entre outros, mas seria quase impossível relatar todos, se alguém tiver interesse de saber mais entre em contato comigo pelo e-mail nati.canton@hotmail.com

E nasce o Hip Hop

(Na foto: Grupo Hip Hop Soul)

O hip hop surgiu nos subúrbios de Nova Iorque, no final da década de 60. O nome é originado da junção
das palavras Hip – balançar os quadris – e Hop – salto, termo criado por Nigga Afrika Bambaataa (que foi da organização Zulu Nation – entidade que invocava a “Paz, União e Diversão”).

No início os adeptos desse ritmo eram apenas “as minorias”, africanos e latinos que residiam em Nova Iorque. O movimento começou em forma de luta pela igualdade dos direitos civis, as rimas intervencionistas, combinadas com um ritmo dançante, expressavam indignação e revolta com a realidade.

O movimento Hip Hop possui quatro subgrupos, o Djing (que seria o músico sem instrumento, e/ou beatboxer) quem cria o som para o RAP, o B.Boying (a dança B. Boy, Poppin, Lockin, Up-rockin e Freestyle) representando a dança, o Mcing (com ou sem utilizar das técnicas de improviso) representa o canto e o Writing (escritores e/ou grafiteiros) representa a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando o spray. Dentro do subgrupo B. Boying existe ainda outras divisões que são os estilos de dança, que além dos já citados existem diversos outros que se espalham cada vez mais pelo mundo, cada lugar possui uma variação diferente ao estilo já existente.

Com o tempo o hip hop deixou de ser exclusivo das comunidades afro-americanas e passou a tomar conta das ruas, chegando também às gangs nova-iorquinas. A violência nas ruas deu lugar a disputas de Break e de rap como forma de afirmação.

Expressões como "yo", "can you fell it?", "check it out", completam a maioria das frases dos adeptos deste novo estilo de vida, no Brasil outras expressões são usadas como “mano”, “mina”, “playboy” e muitas outras. Uma linguagem corporal ritmada, um léxico alternativo e as roupas largas são alguns dos elementos que compõem esta forma de estar tão própria: o hip hop.

Existem também outras versões de como surgiu o Hip Hop, algumas contadas por pessoas que viveram o surgimento do hip hop. Essa que escrevi é apenas uma delas, que aprendi a partir de leitura e de convivência com pessoas adptas ao estilo hip hop e que conhece muito de seu surgimento, se alguém tiver interesse de saber mais clique aqui!